Brasília – O senador Marcos do Val (Podemos-ES) publicou na noite de sexta-feira (22) um vídeo de mais de uma hora em seu canal no YouTube no qual aparece usando tornozeleira eletrônica e faz críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Por ordem de Moraes, o parlamentar está proibido de utilizar redes sociais. Ainda assim, ele intitulou a transmissão “Não faço acordo com ditadores criminosos” e classificou o magistrado como “violador contumaz da Constituição”.
Medidas impostas pelo STF
Desde 4 de agosto, Do Val é monitorado eletronicamente. Entre as restrições determinadas por Moraes estão bloqueio de contas bancárias, suspensão de salário e verbas de gabinete, recolhimento domiciliar das 19h às 6h e impedimento de deixar o país sem autorização judicial. O ministro já havia advertido que eventual descumprimento poderia resultar na prisão do senador, medida que dependeria de aval do plenário do Senado.
Acusações contra Moraes
No vídeo, o senador afirma ser alvo de perseguição política, abuso de autoridade e “crimes contra a humanidade”. Ele declarou não responder a processos criminais e sustenta que as consequências impostas pelo STF ocorreram mesmo após ter comunicado previamente uma viagem de férias aos Estados Unidos.
Do Val reclamou ainda da suspensão do CPF e disse que o bloqueio de suas contas o impede de pagar o aluguel do escritório político no Espírito Santo, que estaria sob risco de despejo. Segundo o parlamentar, “essa tornozeleira é um prêmio e é mais um tiro contra Alexandre”.
Imagem: Marcelo Camargo via gazetadopovo.com.br
Rejeição a acordos e apelos internacionais
O senador disse ter recusado qualquer negociação para se licenciar do mandato em troca da revogação das cautelares e anunciou intenção de denunciar Moraes a organismos internacionais. Também pediu apoio para viabilizar sua campanha de reeleição em 2026.
Até a publicação desta reportagem, a assessoria de Marcos do Val não havia comentado sobre os objetivos específicos do vídeo.
Com informações de Gazeta do Povo
