Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na manhã desta quarta-feira (27) a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República por mais dois anos.
O ato ocorre a menos de uma semana do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para 2 de setembro, no Supremo Tribunal Federal (STF). A nomeação ainda depende de aprovação do Senado antes de ser publicada no Diário Oficial da União.
Gonet ocupa a chefia do Ministério Público Federal desde o fim de 2023. Mais cedo, ele esteve no Palácio do Planalto, onde Lula comunicou a decisão de mantê-lo no posto.
Atuação na investigação de 8 de janeiro
Como procurador-geral, Gonet apresentou ao STF denúncias baseadas no inquérito da Polícia Federal sobre os atos de 8 de janeiro de 2023. Os pareceres atingem participantes dos atos de depredação em Brasília, além de ex-integrantes do governo Bolsonaro e militares apontados como articuladores de uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Monitoramento de Bolsonaro
Nesta semana, o chefe do Ministério Público Federal se manifestou a favor do reforço no acompanhamento policial de Jair Bolsonaro. Ele chancelou pedido da Polícia Federal para que equipes acompanhem em tempo real o cumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-presidente, diante de risco apontado de possível fuga.

Imagem: Ricardo Stuckert
Sanções dos Estados Unidos
Em julho, Gonet teve o visto norte-americano revogado, medida atribuída a pressões do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para que o STF suspenda o julgamento de Bolsonaro.
Com a recondução, Paulo Gonet permanece à frente da Procuradoria-Geral da República até 2027, caso o Senado confirme a indicação.
Com informações de Gazeta do Povo