Home / Política / Lula reage a tarifas dos EUA e diz que Brasil não aceitará “tom grosso” de nenhum país

Lula reage a tarifas dos EUA e diz que Brasil não aceitará “tom grosso” de nenhum país

ocrente 1760817695
Spread the love

São Bernardo do Campo (SP) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (18) que o Brasil não aceitará ser tratado com desrespeito por outras nações. A declaração ocorre em meio às tensões diplomáticas com os Estados Unidos, que elevaram para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros e impuseram sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A gente quer formar uma doutrina latino-americana […] para que a gente possa sonhar que esse continente um dia vai ser independente, que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o Brasil, porque a gente não vai aceitar”, declarou Lula durante encontro com estudantes em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. “Não é uma questão de coragem, é uma questão de dignidade e caráter”, acrescentou.

No mesmo evento, o governo anunciou edital que pretende apoiar até 500 cursinhos populares em 2026, com investimento estimado em R$ 108 milhões.

Contexto de tensão com Washington

As declarações de Lula foram dadas após semanas de tentativas de reaproximação com a Casa Branca. Em 23 de setembro, durante discurso na sede da ONU, em Nova York, o ex-presidente americano Donald Trump afirmou ter tido “química excelente” em breve conversa com o líder brasileiro e relatou um abraço entre ambos.

Duas semanas depois, Lula e Trump voltaram a conversar por telefone, por cerca de 30 minutos, para tratar das tarifas impostas pelos EUA; o diálogo foi descrito por assessores brasileiros como “amistoso e positivo”.

Na sequência, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington, na quinta-feira (16), para discutir temas econômicos e diplomáticos.

Há expectativa de novo encontro entre Lula e Trump em reunião da ASEAN, na Malásia. O Palácio do Planalto avalia a compatibilidade das agendas na Ásia.

Com informações de Direita Online