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Lula promete telefonar a Trump se impasse sobre tarifas persistir até o fim da COP30

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (4) que pretende conversar diretamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caso as discussões sobre tarifas entre os dois países não avancem até o encerramento da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA) ao longo deste mês.

“Saí da reunião com o presidente Trump certo de que chegaremos a um entendimento”, declarou Lula a jornalistas na capital paraense. Ele acrescentou que orientou as equipes técnicas dos dois governos a agendarem encontros “o quanto antes” para tratar das taxas de 50% aplicadas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

Segundo o chefe do Executivo, se, até o fim da conferência climática, não houver data marcada para o encontro dos negociadores, ele voltará a ligar para Trump. “Tenho o telefone dele e ele tem o meu; isso não é problema”, comentou.

Emissários prontos para viajar

Lula informou que o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Economia, Fernando Haddad, estão à disposição para ir a Washington a qualquer momento, caso isso ajude a destravar o diálogo.

Encontro anterior sem acordo

O petista e Trump se reuniram em 26 de outubro, em Kuala Lumpur, na Malásia, mas o encontro terminou sem consenso sobre as tarifas e sem avanço no pedido brasileiro para a retirada de sanções impostas a ministros do Supremo Tribunal Federal, entre eles Alexandre de Moraes.

Preocupação com ações militares na região

Lula também disse ter pedido apoio de líderes latino-americanos para discutir recentes operações militares norte-americanas próximas à Venezuela e à Colômbia. Ele afirmou estar avaliando participar de uma reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), prevista para ocorrer na Colômbia, onde o tema será tratado.

Ao relatar a conversa mantida com Trump na Malásia, Lula declarou que reiterou a posição brasileira de que a América Latina “é uma região de paz” e que não deseja ver uma eventual incursão terrestre dos Estados Unidos na Venezuela.

Com informações de Gazeta do Povo