O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta quarta-feira, 13, que o governo seguirá buscando um acordo com os Estados Unidos para diminuir as tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros desde o início do mês pelo presidente norte-americano Donald Trump.
O posicionamento contrasta com fala de 7 de agosto, quando Lula descartou diálogo imediato com Trump e disse que não se “humilharia” para negociar. “O dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele”, afirmou na ocasião.
Durante cerimônia de assinatura da Medida Provisória Brasil Soberano, voltada a setores afetados pelas sobretaxas, Lula afirmou que pretende discutir também o comércio de etanol e evitou anunciar retaliações, justificando a decisão como forma de não agravar as relações bilaterais.
No mesmo evento, o governo divulgou um plano de contingência para atenuar o impacto das tarifas, incluindo linha de crédito de R$ 30 bilhões, expansão das compras governamentais, adiamento de tributos e mudanças no Fundo de Garantia à Exportação.
Imagem: Ricardo Stuckert via revistaoeste.com
Na terça-feira, 12, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o financiamento das medidas será feito por meio de crédito extraordinário, fora do limite fixado pelo novo arcabouço fiscal, mas com reflexo na meta de resultado das contas públicas.
Com informações de Revista Oeste