O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, declarou nesta sexta-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só anunciará o substituto de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) depois que voltar da viagem oficial à Itália.
Lula embarca neste sábado (11) para Roma, onde participará, na segunda-feira (13), da abertura do Fórum Mundial da Alimentação 2025, principal encontro anual da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A data de retorno ainda não foi divulgada pelo Palácio do Planalto.
“Essas decisões têm que ser rápidas, mas bem ponderadas. O presidente tem o tempo dele. Creio que, na volta, isso deve ser decidido”, afirmou Lewandowski após participar do Fórum Esfera, em Belém (PA).
Vaga aberta no STF
Barroso anunciou sua aposentadoria na sessão de quinta-feira (9). Indicado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, o ministro poderia permanecer no tribunal até 2033, quando completará 75 anos, idade-limite para atuação na Corte.
Lewandowski, que também já integrou o STF, elogiou o colega: “O ministro Barroso desempenhou um excelente trabalho, foi um intelectual de proa e fará falta”. O titular da Justiça acrescentou que ainda não conversou com Lula sobre nomes, mas ressaltou que o presidente “conhece todos os possíveis candidatos” e não precisa consultar terceiros.
Principais cotados
Segundo interlocutores do governo, os nomes mais citados para a cadeira de Barroso são:
- Jorge Messias, advogado-geral da União;
- Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União;
- Rodrigo Pacheco (PSD-MG), senador e ex-presidente do Senado.
Também aparecem na lista de possíveis indicados:
- Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar;
- Daniela Teixeira, ministra do Superior Tribunal de Justiça;
- Vinícius Marques de Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União;
- Rogério Favreto, desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
No início do mês, Lewandowski destacara que Jorge Messias “tem portas abertas” no STF e goza de prestígio entre os ministros por comandar com eficiência a Advocacia-Geral da União, considerada uma pasta de atuação complexa.
Sem data definida para a volta de Lula ao Brasil, a expectativa no Planalto é de que a escolha seja oficializada logo após o retorno do presidente.
Com informações de Gazeta do Povo
