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Em Nova York, Lula cobra autocrítica da esquerda diante do avanço da extrema direita

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comandou nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, em Nova York, a 2ª edição do encontro Em Defesa da Democracia, realizado no último dia da 80ª Assembleia Geral da ONU.

No discurso de abertura, que durou cerca de cinco minutos, Lula defendeu uma reflexão interna dos setores progressistas. “Por que permitimos que a extrema direita crescesse com a força que está crescendo? É virtude deles ou incompetência nossa?”, indagou.

Para o presidente, muitas administrações eleitas com pautas de esquerda acabam priorizando interesses de adversários, do mercado e da imprensa, deixando de lado os eleitores que as elegeram. “Esse é o fracasso da democracia”, afirmou.

Lula acrescentou que, antes de apontar as “virtudes” do extremismo de direita, é necessário identificar erros cometidos pelos próprios democratas em relação à sociedade civil. Segundo ele, encontrar essa resposta é condição para voltar a vencer a direita no cenário internacional; caso contrário, a esquerda continuará “sufocada pelo negacionismo, pelo fascismo e pelo discurso extremista”.

Participação internacional

O encontro reuniu chefes de Estado como Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Yamandú Orsi (Uruguai) e Gustavo Petro (Colômbia). O governo dos Estados Unidos, presente na edição anterior, ficou de fora desta vez.

Entre os temas discutidos, destacou-se o fortalecimento de organismos multilaterais, como a própria ONU e seu Conselho de Segurança. De acordo com o Itamaraty, cerca de 30 países confirmaram presença, repetindo o formato organizado por Brasil e Espanha em 2024.

Com informações de Gazeta do Povo