Brasília — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu para almoço, nesta segunda-feira (1º), o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada em meio à tensão com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Alcolumbre defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga e reagiu à escolha de Messias com uma série de movimentos no Legislativo.
Prazo apertado para Messias
A sabatina de Messias foi marcada por Alcolumbre para a próxima quarta-feira (10). A data reduz o tempo do indicado para a tradicional rodada de visitas aos parlamentares, conhecida como “beija-mão”. O senador Weverton Rocha deverá apresentar seu parecer na CCJ já nesta quarta-feira (3).
Retaliação negada
Na última semana, Alcolumbre patrocinou a aprovação de aposentadoria especial para agentes de saúde, considerada pauta de forte impacto fiscal, e defendeu a derrubada dos vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. Ele nega que essas ações sejam retaliações ao Planalto.
Nota dura do Senado
Alcolumbre divulgou no domingo (30) comunicado em que classificou como “ofensiva” a demora do Executivo em enviar a mensagem oficial ao Senado formalizando a indicação — apesar de ela já ter sido publicada no Diário Oficial da União em 20 de novembro. Segundo o senador, a ausência do documento parece interferir “indevidamente” no cronograma da Casa.
Em resposta, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que o governo mantém “alto respeito” pelo Senado e rejeitou a interpretação de que cargos e emendas estariam em negociação para viabilizar a aprovação de Messias.
Até o momento, Jorge Messias ainda não foi recebido por Alcolumbre. O advogado-geral iniciou sua agenda de visitas a senadores na semana passada.
Com informações de Gazeta do Povo