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Lira condena prisão de Bolsonaro e alerta para avanço da polarização; chefes do Congresso evitam comentar

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Brasília — O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Lira, a medida “reabre as feridas da polarização política” no país.

“Nenhum país pode se orgulhar de ter seus últimos presidentes presos”, escreveu o deputado em rede social. Ele acrescentou que, há mais de uma década, a alternância entre avanços e retrocessos políticos atrasa a economia, prejudica a geração de empregos e “criminaliza a política”.

Enquanto Lira se manifestava, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o ex-presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mantiveram silêncio sobre a prisão de Bolsonaro, o quarto ex-chefe de Estado brasileiro detido em sete anos.

Risco de fuga

Bolsonaro foi preso por volta das 6h35 deste sábado, após a Polícia Federal apontar risco de fuga durante vigília organizada por apoiadores na véspera e detectar tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Moraes indicou que o ex-presidente cogitava pedir asilo na Embaixada dos Estados Unidos, a cerca de 13 km de sua residência em Brasília.

Levantado pela PF até a Superintendência em Brasília, Bolsonaro passou por exame de corpo de delito e foi conduzido a uma cela preparada especialmente para ele. A detenção não se refere ao início de cumprimento de eventual pena pelo caso de tentativa de golpe de Estado.

Agenda no STF

Moraes marcou audiência de custódia para este domingo (23), às 12h. Na segunda-feira (24), a Primeira Turma do STF deverá analisar a decisão que determinou a prisão. Até lá, Bolsonaro está autorizado a receber apenas advogados e a equipe médica responsável por seu acompanhamento.

Com informações de Gazeta do Povo