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Laudo da PF aponta urgência de cirurgia para conter soluços crônicos de Bolsonaro

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Brasília — Perícia médica do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa passar “o mais breve possível” por uma cirurgia de bloqueio do nervo frênico para tratar crises de soluços crônicos.

O relatório, encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também recomenda uma herniorrafia inguinal em caráter eletivo para corrigir hérnia inguinal bilateral detectada no ex-chefe do Executivo.

Pedidos protocolados no STF

A defesa de Bolsonaro apresentou dois requerimentos de urgência a Moraes. O primeiro foi protocolado dez dias atrás; o segundo, em 15 de dezembro, reforçou a necessidade do bloqueio anestésico e da reparação da hérnia.

Conclusões dos peritos

Segundo a junta médica da PF, o bloqueio do nervo frênico é “tecnicamente pertinente” e deve ocorrer rapidamente para conter a hiperatividade diafragmática que provoca os soluços. Os especialistas alertam que os episódios constantes prejudicam sono e alimentação e elevam a pressão intra-abdominal, o que pode agravar o quadro herniário.

Os peritos relataram frequência de 30 a 40 soluços por minuto durante o exame. Bolsonaro informou sofrer do problema desde setembro de 2018, com piora após a última cirurgia abdominal realizada há sete meses.

Hérnia inguinal bilateral

A equipe da PF constatou abaulamentos na região inguinal por exame físico e por ultrassonografia feita em 14 de dezembro. Embora não haja sinal de estrangulamento da hérnia, o laudo recomenda intervenção “o mais breve possível” para evitar complicações futuras.

Tentativas de tratamento

O ex-presidente afirmou já ter recorrido a medicamentos, acupuntura e eletroestimulação, sem sucesso. A junta médica considerou “falhas das medidas convencionais” e endossou a proposta de bloqueio do nervo guiado por ultrassom.

Com a perícia em mãos, caberá ao ministro Alexandre de Moraes autorizar ou não a realização dos procedimentos.

Com informações de Gazeta do Povo