O incêndio que atingiu um dos pavilhões da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) na tarde de quinta-feira, 20 de novembro de 2025, obrigou a evacuação do centro de eventos em Belém e dominou a cobertura de veículos estrangeiros.
O jornal britânico The Telegraph afirmou que a cúpula “mergulhou no caos” depois que as chamas se espalharam pelo espaço destinado a reuniões e exposições.
O site norte-americano Politico publicou o relato do enviado italiano para o clima, Francesco Corvaro. Segundo ele, a reunião ocorria no pavilhão da Itália, vizinho ao local onde o fogo começou, quando o corredor foi tomado por correria. “A princípio pensei que o presidente Lula estivesse chegando. Depois vi o fogo. Ele se espalhou muito, muito rápido pelo corredor, até o teto”, disse Corvaro.
A agência Reuters lembrou que não se trata da primeira interrupção na conferência. Desde o início do encontro, no começo do mês, protestos cobrando ações climáticas e proteção às florestas já haviam paralisado negociações em diversas ocasiões.
Problemas anteriores
O jornal argentino Clarín e a agência espanhola EFE ressaltaram que falhas logísticas marcam o evento desde a fase preparatória. Ambos destacaram a falta de infraestrutura de Belém e o alto custo de hospedagem como entraves recorrentes para delegações e visitantes.
De acordo com o Clarín, a Organização das Nações Unidas enviou carta à Presidência da República logo no início da COP 30 para reclamar de condições no local das negociações e solicitar reforço na segurança após a invasão de indígenas em um dos espaços da conferência.
O governo brasileiro ainda não divulgou balanço oficial sobre danos ou feridos no incêndio. As autoridades locais investigam as causas do incidente.
Com informações de Gazeta do Povo