São Paulo – O ex-deputado estadual e um dos fundadores do PT, Paulo Frateschi, 74 anos, foi morto a facadas pelo próprio filho na manhã desta quinta-feira (6).
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Francisco Frateschi, 34 anos, sofreu um suposto surto psicótico dentro da residência da família, na Lapa, zona oeste da capital, e atacou o pai e a mãe. A mãe, cuja identidade não foi divulgada, quebrou um braço durante a agressão.
Paulo Frateschi chegou a ser socorrido ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial, que preservou o local para perícia. Até o momento, não há detalhes sobre o que desencadeou o surto.
Trajetória política
Ativo no movimento estudantil contra a ditadura militar, Frateschi foi preso e torturado em 1969. Posteriormente, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores e se manteve filiado desde os primeiros anos da legenda. Entre outras funções, organizou as caravanas de Luiz Inácio Lula da Silva em 2018 e hospedou o atual presidente em sua casa, em Paraty (RJ), após a saída de Lula da prisão.
Na administração municipal, ocupou a Secretaria de Relações Governamentais nas gestões de Marta Suplicy e Fernando Haddad em São Paulo.
Manifestações de pesar
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lamentou a morte: “Ex-presidente estadual do PT em São Paulo e dirigente histórico do partido, foi defensor incansável da democracia, com coragem e determinação”.
O presidente nacional do PT, Edinho Silva, também se pronunciou nas redes sociais: “Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo. Paulo Frateschi deixa um legado marcado pela luta pela justiça e pela inclusão”.
As investigações sobre o homicídio seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.
Com informações de Gazeta do Povo