O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), afirmou que permanecerá no governo e apoiará a tentativa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, contrariando a ordem da federação formada por PP e União Brasil para que todos os filiados deixem a Esplanada.
A declaração foi feita na segunda-feira (6), durante evento ao lado de Lula em Imperatriz (MA). “O importante não é justificar o erro, o importante é evitar que ele se repita. (…) Minha alma, meu coração, minha força de vontade estarão livres para ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil”, disse o ministro.
Fufuca também elogiou programas sociais do atual mandato. “Eu estou com o Lula do Bolsa Família, do Vale Gás, do Pé de Meia”, completou.
O ultimato da federação União-PP foi emitido no início de setembro, com prazo até esta terça-feira (7) para a entrega dos cargos. O documento prevê afastamento imediato e posterior processo disciplinar para quem descumprir a determinação. A medida é parte da estratégia eleitoral de 2026: o PP tende a apoiar um nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto o União Brasil lançou a pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado (GO).
Fufuca ingressou no governo em 2023, após negociação destinada a ampliar a base de Lula no Congresso. Mesmo assim, uma ala expressiva do PP, liderada pelo senador Ciro Nogueira (PI), permaneceu na oposição alinhada a Bolsonaro.
A posição de Fufuca segue o exemplo do ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), que chegou a apresentar carta de demissão, mas recuou e pretende ficar no governo pelo menos até a realização da COP 30, em Belém. O União Brasil avalia nesta terça-feira (7) o processo disciplinar que pode levá-lo à expulsão.
Com informações de Gazeta do Povo
