O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) qualificou como “invasão de privacidade” a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a presença de policiais penais federais no terreno da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
Em nota divulgada nesta terça-feira (data da publicação no Diário de Justiça), o parlamentar afirmou que a medida representa uma “humilhação” para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, para a filha do casal, Laura, menor de idade, e para o próprio ex-mandatário. Flávio classificou a decisão como ilegal e ironizou que Moraes “inventou uma nova modalidade de regime: o fechado com acompanhantes”.
Aliados reagem
Ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten também se manifestou, classificando a ação como “provocação barata” cujo objetivo, segundo ele, seria “desestabilizar e expor” o ex-chefe do Executivo. Wajngarten disse ainda que Bolsonaro poderá recorrer tanto no Judiciário brasileiro quanto em cortes internacionais.
Motivo da determinação
A decisão de Moraes foi adotada no sábado que antecedeu o início do julgamento da chamada “trama golpista” no STF. O despacho prevê monitoramento presencial nas áreas externas do imóvel para dificultar eventual fuga do ex-presidente, que usa tornozeleira eletrônica.
Relatórios da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) indicaram “pontos cegos” na propriedade. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, alertou que o equipamento de monitoramento poderia apresentar falhas e que vigiar apenas o perímetro externo exigiria grande efetivo. Ele sugeriu a presença de agentes dentro da casa, proposta rejeitada por Moraes.
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Regras adicionais
Além da vigilância, a decisão obriga a revista de veículos de visitantes. As vistorias devem ser registradas com identificação de automóveis, motoristas e passageiros, e os relatórios encaminhados ao STF.
Flávio Bolsonaro afirmou que a família estuda medidas judiciais para tentar derrubar a ordem.
Com informações de Direita Online
