O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta segunda-feira, 7 de dezembro de 2025, sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026. O lançamento ocorreu com apoio declarado do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e a promessa de “unir a direita” em torno de um projeto contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao apresentar a iniciativa, Flávio afirmou que o país segue “para uma tragédia anunciada” sob a gestão atual e que seu objetivo é oferecer um caminho alternativo capaz de reunir diferentes correntes conservadoras. Segundo ele, conversas prolongadas com Jair Bolsonaro precederam a decisão.
Estrategia para “pacificar o país”
O senador se define como um Bolsonaro mais centrado, com experiência em Brasília e disposto a “pacificar o país”. O discurso moderado, segundo ele, procura também acalmar o mercado financeiro, que reagiu negativamente ao anúncio da pré-candidatura.
Para construir alianças, Flávio pretende intensificar articulações com os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG), além de siglas do Centrão. Ele nega divisão na direita e afirma que o grupo se unirá a quem apresentar o “melhor projeto” e “maior chance de vitória”.
“Preço” para desistir
Durante a apresentação, Flávio mencionou a hipótese de retirar a candidatura mediante um “preço”, cujo conteúdo será divulgado “na próxima semana”. Questionado se a condição inclui a aprovação de anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, respondeu que “não é só isso”.
Mesmo sem detalhar a exigência, o senador reafirmou apoio à anistia e cobrou dos presidentes da Câmara e do Senado a inclusão do tema na pauta do Congresso. Para ele, a medida seria passo “essencial” para a “redemocratização” e para conter, em suas palavras, interferências do Judiciário nas prerrogativas legislativas.
Flávio não informou data exata para revelar o “preço” nem adiantou eventuais etapas do calendário de campanha.
Com informações de Gazeta do Povo