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Flávio Bolsonaro pedirá à Justiça italiana proteção para ex-assessor do TSE

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, anunciou nesta terça-feira (2) que solicitará às autoridades da Itália medidas de proteção ao perito criminal Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão foi tomada após o depoimento de Tagliaferro à comissão, realizado por videoconferência a partir da Itália, onde ele reside desde que deixou o Brasil. Durante a oitiva, o ex-assessor afirmou ser alvo de perseguição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele me persegue, ele quer me calar. Mas não vai conseguir”, declarou.

Flávio Bolsonaro relatou que, enquanto Tagliaferro prestava depoimento, ocorreram duas movimentações processuais sobre o perito e instabilidade em seus perfis nas redes sociais. Indiciado pela Polícia Federal, o ex-assessor disse ter decidido tornar públicas as informações por temer por sua segurança.

No depoimento, Tagliaferro também acusou Moraes de perseguir empresários e jornalistas alinhados à direita e de ter forjado documentos que embasaram a operação de busca e apreensão contra o empresário Luciano Hang, dono da rede Havan.

Diante das declarações, o senador informou que pedirá autorização de Tagliaferro para acionar a Justiça italiana e solicitar escolta. Flávio afirmou ainda que enviará um relatório com o conteúdo do depoimento ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O parlamentar adiantou, igualmente, que pretende reforçar nos Estados Unidos pedidos de sanções contra Moraes. Segundo ele, o ministro já teve o visto norte-americano cancelado e foi incluído na lista da Lei Magnitsky, que prevê punições a autoridades estrangeiras suspeitas de violar direitos humanos.

O pedido de proteção internacional ocorre um dia depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Tagliaferro ao STF pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e violação de sigilo funcional, acusações que podem resultar em até 22 anos de prisão.

Com informações de direitaonline.com.br