O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) trabalha para diminuir o índice de rejeição apontado por pesquisas recentes e, assim, chegar competitivo à disputa presidencial de 2026. A ofensiva inclui mudança de discurso, ampliação de alianças e aproximação do mercado financeiro.
Pesquisa indica desafio considerável
Levantamento Genial/Quaest, divulgado em dezembro de 2025, mostra que 62% dos entrevistados não votariam no parlamentar “de jeito nenhum”, enquanto 13% declararam voto certo e 23% afirmaram que “poderiam votar”. O resultado revela margem para crescimento se a rejeição for contida.
Imagem mais moderada
A principal aposta é apresentar-se como figura mais “centrada” e “moderada” que o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador tem buscado espaço na mídia para ressaltar propostas e construir marca própria, menos dependente do sobrenome Bolsonaro.
Foco em eleitores de centro
A estratégia mira sobretudo independentes, eleitores de centro e de centro-esquerda, segmentos que hoje rejeitam candidaturas associadas à polarização. Para atraí-los, o plano é priorizar soluções para economia, segurança pública e custo de vida, evitando embates ideológicos.
Diálogo com o mercado
Para ganhar confiança de investidores, Flávio promete equipe econômica robusta, inspirada no ex-ministro Paulo Guedes. Ele já se reuniu com representantes do setor financeiro para apresentar diretrizes e reforçar a ideia de previsibilidade em caso de vitória.
Obstáculos em pauta
Além da forte rejeição, o sobrenome Bolsonaro garante base fiel, porém afasta moderados. Processos anteriores, como o caso das “rachadinhas”, mesmo com decisões judiciais favoráveis, ainda pesam na percepção de parte do eleitorado.
Com a pré-campanha em movimento, o senador pretende intensificar a exposição pública nos próximos meses, calibrar discursos e consolidar alianças que sustentem sua tentativa de chegar ao segundo turno em 2026.
Com informações de Gazeta do Povo