Home / Política / Flávio Bolsonaro afirma que oposição já reúne votos para aprovar anistia ampla no Congresso

Flávio Bolsonaro afirma que oposição já reúne votos para aprovar anistia ampla no Congresso

ocrente 1760096852
Spread the love

Brasília — O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou, na quinta-feira (9), que a oposição dispõe de apoio suficiente no Parlamento para aprovar uma anistia “ampla, geral e irrestrita” nos termos originais apresentados. A afirmação foi feita durante participação no programa Arena Oeste, da Revista Oeste.

Ao comentar as investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023, o parlamentar reforçou que os responsáveis por depredação devem ser punidos, mas criticou a falta de individualização das condutas. Segundo ele, manifestantes que apenas participaram de protestos pacíficos estariam recebendo o mesmo tratamento aplicado a autores de vandalismo.

Flávio citou o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada por escrever com batom “perdeu, mané” na estátua da Justiça, na Praça dos Três Poderes. De acordo com o senador, Débora foi enquadrada nos mesmos crimes atribuídos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que, na visão dele, demonstra desproporção nas decisões.

O senador também afirmou que não há possibilidade de excluir Jair Bolsonaro de uma eventual anistia. “A anistia recai sobre crimes, não sobre pessoas específicas”, disse, distinguiendo o instrumento de mecanismos como indulto ou graça presidencial.

Projeto ganha novo rótulo na Câmara

Na Câmara dos Deputados, o projeto de anistia passou a ser chamado de “PL da dosimetria”. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), escolheu o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) para relatar a matéria. Após reunião com o também deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Michel Temer (MDB), Paulinho anunciou que o texto focará na redução das penas mínima e máxima previstas no Código Penal para os crimes que atingem os réus do 8 de Janeiro.

Reforma do Judiciário só depois de 2026, avalia senador

Flávio Bolsonaro avaliou ainda que uma reforma do Judiciário dificilmente avançará no atual mandato. Ele argumentou que qualquer debate sobre o tema poderia ser interpretado como ameaça à democracia e citou o calendário eleitoral de 2026 como outro obstáculo. Dessa forma, o senador projeta que discussões mais profundes só ganhem fôlego a partir de 2027.

A análise ocorreu após o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, divulgar nota em que rechaça a possibilidade de a reforma administrativa alcançar o Judiciário.

Com informações de Gazeta do Povo