O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira, 7 de novembro de 2025, que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal é “uma farsa” e resultado de “vingança pessoal” do ministro Alexandre de Moraes. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil poucas horas depois de a Primeira Turma do STF rejeitar, por unanimidade, o recurso apresentado pela defesa do ex-chefe do Executivo.
“Se fosse com o ex-presidente Michel Temer, ele jamais faria o que está fazendo com Bolsonaro”, disse o senador, lembrando que Temer indicou Moraes ao Supremo em 2017. Flávio também alegou que Jair Bolsonaro necessita de cuidados médicos permanentes e insinuou que o ministro deseja a morte do pai: “Só posso concluir que ele quer que Bolsonaro morra”.
Nas redes sociais, o parlamentar publicou uma foto do ex-presidente acompanhada da legenda: “Condenar o maior líder da direita na mão grande, num processo ilegal em que as provas atestam a sua inocência, é o sepultamento da democracia”.
Recurso negado e pena mantida
Mais cedo, Moraes, relator da ação penal, rejeitou todos os pontos dos embargos de declaração apresentados pela defesa. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia seguiram o voto do relator. Único integrante da Primeira Turma que havia se posicionado pela absolvição de Jair Bolsonaro no julgamento principal, o ministro Luiz Fux não participou da sessão após pedir transferência para a Segunda Turma.
Com a decisão, permanece a condenação de 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado, além do pagamento de 124 dias-multa, calculados em dois salários mínimos por dia à época dos fatos. Os embargos de declaração são um dos últimos instrumentos legais antes do início do cumprimento da sentença.
Com informações de Gazeta do Povo
