O Palácio do Planalto avalia o impacto da redução de tarifas comerciais anunciada pelos Estados Unidos nesta sexta-feira (14). A medida elimina a cobrança extra que vinha sendo aplicada a bens agrícolas brasileiros, como café, frutas tropicais e carne bovina.
Até abril deste ano, esses itens pagavam tarifa recíproca de 10%. Em agosto, Washington elevou a alíquota unilateralmente para 40% após manifestações do então presidente norte-americano contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) e críticas às decisões do ministro Alexandre de Moraes envolvendo grandes plataformas digitais.
Ao comentar o anúncio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a decisão mostra que a relação bilateral “voltou à normalidade”. “Divergências existem e existirão, mas serão tratadas sem fake news, pelo bem do Brasil”, declarou ao jornal O Globo.
Em nota, a Casa Branca atribuiu a iniciativa a “progressos substanciais” em negociações de comércio recíproco e à combinação entre demanda doméstica e capacidade produtiva interna dos Estados Unidos.
A ofensiva diplomática envolveu encontro, na quinta-feira (13), entre o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. “Discutimos assuntos de importância mútua e um marco recíproco para a relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil”, disse Rubio após a reunião.
Por ora, o governo brasileiro adotou tom de cautela e continua a medir o alcance efetivo da retirada das tarifas sobre o agronegócio nacional.
Com informações de Gazeta do Povo