A linguista brasileira Valéria Chomsky declarou neste sábado, 15 de novembro de 2025, que é “infundada e mentirosa” a informação de que o marido, o filósofo americano Noam Chomsky, teria intermediado uma ligação telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o financista Jeffrey Epstein durante visita ao petista na prisão em 2018.
Em nota enviada à CNN Brasil, Valéria afirmou que acompanhou Chomsky na visita realizada em 20 de setembro de 2018, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Segundo ela, ambos passaram pela revista de segurança e deixaram seus celulares na recepção antes de entrar na sala de encontros.
“Estive presente durante toda a visita e fui a intérprete da conversa entre Chomsky e Lula”, disse a linguista. “Qualquer alegação de que teria havido um telefonema, durante a visita ou em qualquer outra ocasião, entre o presidente Lula e qualquer interlocutor intermediado por Noam Chomsky é infundada e mentirosa.”
A suspeita surgiu após divulgação, pelo Congresso dos Estados Unidos, de um e-mail enviado por Epstein em 21 de setembro de 2018 a um destinatário não identificado. Na mensagem, o financista escreveu: “Chomsky me ligou com Lula. Da prisão. Que mundo”. Na mesma troca, acrescentou: “Bolsonaro é o cara”.
Valéria Chomsky explicou ainda que o marido não pode se pronunciar publicamente devido às sequelas de um AVC sofrido em junho de 2023.
O Palácio do Planalto também negou a existência da ligação. Em resposta à CNN Brasil na sexta-feira, 14, a Presidência declarou: “Essa informação não procede. A citada ligação telefônica nunca aconteceu”.
Com informações de Gazeta do Povo
