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Embaixada dos EUA classifica Mais Médicos como “golpe diplomático” e cita acobertamento de autoridades brasileiras

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Brasília, 14 ago. 2025 – A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou nesta quinta-feira (14) que o programa Mais Médicos representou um “golpe diplomático” que explorou profissionais cubanos, beneficiou financeiramente o governo de Cuba e contou com a conivência de autoridades brasileiras.

A declaração foi publicada no X (antigo Twitter) e reproduz a mensagem divulgada pouco antes pelo Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado norte-americano. Segundo o texto, “os EUA continuarão responsabilizando todas as pessoas envolvidas nesse esquema coercitivo de exportação de mão de obra”.

O posicionamento surge um dia após o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciar a revogação de vistos de servidores públicos de Cuba e de outros países. Entre os atingidos estão dois ex-integrantes do Ministério da Saúde do governo Dilma Rousseff (2011-2016), Mozart Sales e Alberto Kleiman, apontados por Washington como participantes do envio de médicos cubanos ao exterior.

Rubio já havia empregado a expressão “golpe diplomático” ao revelar as sanções na quarta-feira (13).

Reação do governo brasileiro

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu na própria quarta-feira. Em publicação também no X, ele declarou que o Mais Médicos “salva vidas” e tem o respaldo da população. “O programa, assim como o Pix, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”, escreveu.

Embaixada dos EUA classifica Mais Médicos como “golpe diplomático” e cita acobertamento de autoridades brasileiras - Imagem do artigo original

Imagem: Embaixada dos EUA no Brasil via gazetadopovo.com.br

Padilha acrescentou que o governo “não se curvará” a quem, segundo ele, persegue “vacinas, pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais” para a implementação do programa em sua primeira gestão à frente da pasta.

Até o momento, não houve detalhamento do governo brasileiro sobre eventuais medidas diplomáticas em resposta às sanções anunciadas por Washington.

Com informações de Gazeta do Povo