Os irmãos Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) desembarcaram em San Salvador, capital de El Salvador, para uma série de compromissos voltados à área de segurança pública.
A agenda inclui reuniões com autoridades locais que conduzem a estratégia de combate às facções criminosas implementada pelo presidente Nayib Bukele. Ainda não há confirmação oficial de um encontro com o chefe de Estado salvadorenho.
Reunião com ministro da Segurança
Nesta terça-feira, 18 de novembro, os parlamentares brasileiros se reuniram com o ministro da Segurança, Gustavo Villatoro, responsável pela política de endurecimento adotada desde 2021. Na semana anterior, Villatoro recebeu o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para apresentar o mesmo modelo.
De acordo com Eduardo Bolsonaro, o ministro detalhou como o país deixou de liderar as estatísticas de violência para alcançar a menor taxa de homicídios do hemisfério ocidental—1,9 por 100 mil habitantes. O deputado afirmou que o “milagre Bukele” sustenta-se em três pilares: autoridade para romper com estruturas que protegiam o crime, legislação rígida contra facções e ações massivas de controle territorial.
Paralelos com o Brasil
Autodeclarado exilado nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo disse que pretende levar a experiência salvadorenha ao debate no Congresso. “É possível recuperar o país do domínio das facções”, escreveu em rede social.
Já o senador Flávio Bolsonaro viajou em missão oficial como presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado. Em vídeo divulgado em suas redes, afirmou que a estratégia de El Salvador mostra ser “possível derrotar a criminalidade”.
Medidas de Bukele
Desde 2019, o governo Bukele prendeu mais de 75 mil pessoas acusadas de ligação com gangues. A administração também construiu o CECOT, presídio de segurança máxima com capacidade para 40 mil detentos, operando sob regras rígidas, sem visitas e com isolamento externo.
Embora organizações internacionais de direitos humanos critiquem as medidas, os indicadores oficiais apontam queda acentuada nos homicídios, reforçando a imagem de Bukele como líder que “venceu a guerra” contra as gangues.
Com informações de Direita Online