O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou publicamente o Supremo Tribunal Federal depois que o ministro Alexandre de Moraes votou, nesta sexta-feira (15), pela aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de coação no curso do processo.
A PGR sustenta que o parlamentar pressionou autoridades norte-americanas pela aplicação de sanções a ministros do STF, em especial a Moraes, ao relatar supostas violações de direitos no Brasil. O deputado nega ter atuado dessa forma e afirma que qualquer decisão sobre retaliações cabeu ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Reação nas redes sociais
Em postagem no X (antigo Twitter), Eduardo classificou o processo como “witch hunt” (caça às bruxas) e questionou: “Por que Moraes não usa os canais oficiais com os EUA?”. Ele também declarou que, se estivesse cometendo crime em solo americano, o magistrado estaria acusando os Estados Unidos de “proteger um criminoso”.
O deputado divulgou um vídeo no qual afirma não trabalhar pela absolvição de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas pela votação de uma anistia “por um Congresso livre das ameaças de Alexandre de Moraes”.
Momentos antes, Eduardo compartilhou mensagem do empresário Paulo Figueiredo, que chamou a denúncia de “ação sem citação formal” e disse que o parlamentar seria “o primeiro político julgado in absentia em tempos recentes”. Para Figueiredo, o caso seria tanto uma vingança pessoal quanto uma tentativa de barrar o deputado nas urnas.
Tramitação no STF
O julgamento ocorre no plenário virtual do STF e se estenderá até 25 de novembro. Além de Moraes, participam os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino, este último já tendo se manifestado favoravelmente à abertura da ação penal.
Se a maioria acompanhar o relator, Eduardo Bolsonaro se tornará réu e o processo avançará para a fase de instrução. O mérito — que poderá resultar em absolvição ou condenação — será analisado em momento posterior.
Com informações de Direita Online