Brasília – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu a concessão de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (27).
Conectado por videoconferência a partir dos Estados Unidos, país onde vive desde o início de 2025, o parlamentar falou à subcomissão da Câmara dos Deputados responsável por investigar possíveis violações de direitos humanos contra os réus do 8/1.
Anistia como “primeiro passo”
Para Eduardo Bolsonaro, o perdão judicial seria “o primeiro passo para virar a página, trazer justiça” e, ainda, melhorar as negociações comerciais com Washington. Ele afirmou que a medida poderia ajudar a “reduzir ou até zerar” tarifas impostas aos produtos brasileiros.
O deputado mencionou a recente declaração do ex-presidente Donald Trump, que classificou as investigações contra o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) no STF como “caça às bruxas” e anunciou tarifa de 50% sobre importações do Brasil.
Críticas a Moraes e ameaça de sanções
Na audiência, Eduardo Bolsonaro chamou Moraes de “maior violador de direitos humanos da história do Brasil” e disse trabalhar, a partir dos EUA, para que autoridades ligadas ao ministro sejam alvo de sanções com base na Lei Magnitsky.
“Se outras autoridades brasileiras corroborarem essa conduta, estarão sujeitas às mesmas penalidades”, declarou, citando a possibilidade de sanções secundárias.
Imagem: Renato Araújo
Próxima etapa: Europa
O parlamentar informou que pretende levar a ofensiva contra membros do STF também ao Velho Continente. Segundo ele, Portugal será o primeiro destino, seguido por Itália, Holanda, Hungria, Polônia, Alemanha e pelo Parlamento Europeu. A agenda europeia foi anunciada em agosto ao lado do comentarista Paulo Figueiredo.
Durante a audiência, Eduardo Bolsonaro reiterou que continuará denunciando o que considera abusos do Judiciário brasileiro: “Toda vez que ele [Moraes] dobra a aposta, ele nos dá a chance de saber que é merecedor de todas as sanções”.
Com informações de Gazeta do Povo
