A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23/09/2025), provocou forte reação de parlamentares de direita. Em publicações nas redes sociais, deputados do PL classificaram o pronunciamento como repetitivo, infantil e repleto de ataques.
Daniel Freitas (PL-SC) afirmou que Lula “falou para a própria militância” e chamou o discurso de “absolutamente previsível e infantil”. O parlamentar acrescentou que “nada de novo” foi apresentado pelo chefe do Executivo.
Paulo Bilynsky (PL-SP) descreveu a manifestação do presidente como “mentiras, ataques e muita cara de pau”. Segundo o deputado, a declaração de Lula de que a democracia é “inegociável” e de que “não há pacificação sem punição” seria reflexo de um “regime de exceção” nas instituições brasileiras.
Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou a rede social X para relacionar a fala de Lula a seu trabalho como relator do Projeto de Lei Anti-Facção. O deputado contestou a preocupação expressa pelo presidente sobre equiparar criminalidade a terrorismo, lembrando que o governo recusou classificar PCC e Comando Vermelho como organizações terroristas.
O vereador mais votado de Belo Horizonte, Pablo Almeida (PL), criticou o apoio de Lula a Cuba e Venezuela. Durante o discurso, o presidente disse ser “inadmissível” a inclusão de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo e defendeu manter o diálogo com Caracas, o que levou Almeida a ironizar: “Mas, claro, tudo pela democracia”.
No plenário da ONU, Lula atacou a política comercial dos Estados Unidos, que aumentou em 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, e condenou sanções aplicadas a integrantes do Executivo e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O presidente também qualificou as medidas norte-americanas como “unilaterais” e “arbitrárias”.
As críticas da oposição vieram poucas horas depois da apresentação, concentrando-se no tom do pronunciamento e nos temas selecionados pelo presidente.
Com informações de Gazeta do Povo