O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino relatou, em tom de brincadeira, uma tentativa de invasão à Corte ocorrida em setembro deste ano, quando um homem armado com faca afirmou que pretendia matar os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e o próprio Dino.
A declaração foi feita na noite de 24 de outubro de 2025, durante o 28º Congresso Internacional de Direito Constitucional, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado por Gilmar Mendes. Diante da plateia, Dino disse ter sugerido que invasores respeitem a ordem de antiguidade entre os ministros: “Gilmar, tu vais primeiro; eu sou o último”, afirmou, provocando risos no auditório.
Invasão em setembro
O episódio citado pelo ministro ocorreu logo após o julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a mais de 27 anos de prisão por suposta tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, o suspeito pulou uma grade de acesso ao STF e exigiu ser levado aos magistrados. Detido pela segurança, ele portava uma faca na mochila e acabou liberado após registro da ocorrência, segundo a Polícia.
Outros ataques contra o Supremo
Dino também comentou ameaças recebidas nas redes sociais, incluindo mensagens que falavam em esquartejamento. “Pensei: além de tudo, vai dar muito trabalho, porque eu sou grande”, ironizou, defendendo a regulação das plataformas digitais.
Casos de violência contra o STF se repetiram nos últimos anos. Em 13 de novembro de 2024, Francisco Wanderley Luiz, o “Tiu França”, de 59 anos, tentou entrar no prédio com artefatos explosivos e morreu ao detonar um deles próximo à própria cabeça. A Polícia Federal concluiu que ele agiu sozinho e sem financiamento externo, motivado por extremismo político.
Em março de 2025, outro homem, de 52 anos, foi preso após tentar invadir o edifício e proferir ameaças aos ministros, informou a Polícia Civil do Distrito Federal.
Durante o congresso, Dino reforçou que o bom humor ajuda a “desconstruir o ódio” e encerrou o relato pedindo maior atenção à segurança institucional e ao combate a discursos violentos.
Com informações de Gazeta do Povo