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Defesa de Bolsonaro alega “confusão mental” e solicita prisão domiciliar; Embaixada dos EUA ataca Moraes

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Brasília, 24 de novembro de 2025 – A detenção do ex-presidente Jair Bolsonaro continua provocando repercussões jurídicas e políticas. A defesa protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para converter a prisão preventiva em domiciliar, afirmando que o dano à tornozeleira eletrônica ocorreu durante um quadro de “confusão mental”.

Defesa cita paranoia e alucinações

No documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados relatam que Bolsonaro queimou o equipamento por “paranoia” e “alucinação”. Ao prestar depoimento, o ex-chefe do Executivo repetiu a versão. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) descreveu o episódio como “um momento de explosão”.

Moraes, relator do caso, já havia permitido a visita de familiares, entre eles a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Na decisão que manteve a prisão, o ministro classificou como “iniciativas patéticas” as ações dos filhos do ex-presidente.

Opinião pública dividida

Levantamento da Quaest em redes sociais apontou que 42 % dos usuários se manifestam contra a prisão, enquanto 35 % se dizem favoráveis. Em outra frente, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) recorreu ao STF contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por suposto uso de celular durante visita ao ex-mandatário na sede da Polícia Federal.

Crítica dos EUA ao STF eleva tensão

A crise ganhou contornos externos após a Embaixada dos Estados Unidos divulgar nota em que afirma que Moraes “expôs o STF à vergonha” e o classifica como “perigo para a democracia”. A declaração gerou reações no meio político brasileiro.

Sucessão de 2026 em pauta

A possibilidade de Jair Bolsonaro permanecer inelegível ou em regime domiciliar acelerou movimentos no Centrão em busca de um nome competitivo para a eleição presidencial de 2026. Eduardo Bolsonaro acusou Moraes de tentar impedir a candidatura de Flávio Bolsonaro.

Lula critica ausência de Trump no G20

Durante agenda internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a falta do presidente norte-americano, Donald Trump, na cúpula do G20. Lula também saiu derrotado na COP 30, em Belém, onde o governo não conseguiu incluir no texto final o compromisso de eliminação dos combustíveis fósseis.

Os desdobramentos sobre o futuro judicial de Bolsonaro e o embate institucional entre STF e atores externos devem dominar o cenário político nas próximas semanas.

Com informações de Gazeta do Povo