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Defesa culpa falha na carga da bateria por 36 h de desligamento da tornozeleira de Collor

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A defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o desligamento da tornozeleira eletrônica usada pelo político durante 36 horas foi resultado de um “incidente involuntário” provocado por informações equivocadas sobre a carga do equipamento.

No documento encaminhado ao gabinete de Moraes, os advogados pedem a manutenção da prisão domiciliar humanitária e argumentam que a falha “não justifica o recrudescimento das medidas restritivas” impostas pela Corte. Segundo a defesa, “não há qualquer razão plausível” para supor que Collor descumpriria deliberadamente as condições impostas.

PerĂ­odo sem sinal

Relatório da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas, responsável pelo monitoramento, apontou que a tornozeleira ficou sem comunicação entre 9h05 de 2 de maio e 21h23 de 3 de maio. Após receber o documento, Moraes solicitou explicações e advertiu que poderia decretar a prisão do ex-presidente.

A Secretaria informou que a remessa tardia dos dados ocorreu porque o endereço de e-mail do gabinete de Moraes era desconhecido. A defesa classificou a situação como “excepcional, episódica e absolutamente isolada”.

Bateria descarregada antes do previsto

De acordo com os advogados, na noite de 1º de maio, quando o equipamento foi instalado, técnicos asseguraram que a bateria estava totalmente carregada e não exigiria recarga por até 72 horas. Entretanto, o desligamento foi registrado às 9h05 do dia seguinte. Collor afirmou não ter percebido qualquer alerta luminoso ou sonoro que indicasse falta de energia.

Conforme o relato, o Centro de Monitoramento sĂł entrou em contato Ă s 20h53 de 3 de maio; minutos depois, o carregador foi conectado e o sinal restabelecido Ă s 21h23.

Situação processual

Fernando Collor foi condenado pelo STF a 8 anos e 10 meses de prisão em desdobramento da Operação Lava Jato. Preso em 25 de abril de 2025, ele obteve prisão domiciliar humanitária em 1º de maio por razões de saúde.

Com informações de Gazeta do Povo