O Consulado dos Estados Unidos em São Paulo notificou, na sexta-feira (15), que a esposa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a filha do casal, de 10 anos, tiveram seus vistos americanos cancelados.
De acordo com informações divulgadas por g1 e Folha de S.Paulo, o comunicado chegou por e-mail e apenas informou que ambas “não estão mais elegíveis” para o visto. As duas encontram-se no Brasil.
Padilha declarou ao g1 que não foi afetado pela medida porque seu próprio visto está vencido desde 2024.
Contexto das sanções
A revogação ocorre na mesma semana em que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou o cancelamento de vistos de servidores públicos de Cuba e de outros países que teriam colaborado com o envio de médicos cubanos ao exterior. Entre os atingidos estão Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, ex-integrantes do Ministério da Saúde durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016) e responsáveis pela implementação do programa Mais Médicos, criado quando Padilha comandava a pasta.
Em nota, o Departamento de Estado informou que a ação “envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização daqueles que permitem o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.
Imagem: André Borges via gazetadopovo.com.br
Quem são os outros atingidos
Mozart Sales é atualmente secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde. No governo Dilma, foi chefe de gabinete e secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Já Alberto Kleiman foi diretor do Departamento de Relações Internacionais da pasta na mesma gestão e hoje atua como coordenador-geral do governo Lula para a COP30.
Posicionamento do ministro
Até o momento, Padilha não comentou publicamente o cancelamento dos vistos da esposa e da filha. Quando Sales e Kleiman tiveram seus vistos revogados, o ministro publicou mensagem na rede social X defendendo o Mais Médicos: “O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos”.
Com informações de Gazeta do Povo
