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Ciro Gomes admite nova candidatura em 2026 e elogia Caiado, mas critica proximidade com Bolsonaro

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Goiânia – O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) sinalizou nesta sexta-feira, 3 de outubro de 2025, que não descarta voltar a disputar o Palácio do Planalto em 2026. A declaração foi dada durante o 30º Congresso Nacional de Administração, realizado na capital goiana.

Questionado sobre o pleito de 2026, o pedetista afirmou que “pretende” não concorrer, mas deixou a porta aberta caso considere um “dever”. “Meu destino sempre me levou a disputas. Quem sabe eu não possa fazer isso de novo?”, comentou aos repórteres presentes.

Críticas à polarização e ao aumento de emendas

Ciro voltou a atacar a polarização que marcou o segundo turno de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) se enfrentaram. “Foi extremamente constrangedor ver o país dividido entre dois corruptos despreparados”, disse.

Ele também apontou o crescimento das emendas parlamentares como sinal de descontrole fiscal. Segundo o ex-governador do Ceará, o governo Bolsonaro liberou R$ 42 bilhões, enquanto a atual gestão petista já autorizou R$ 63 bilhões. “Antes chamávamos de corrupção; agora chamam de governabilidade”, ironizou.

Insatisfação com o PDT e convites de outras legendas

Ao comentar sua situação partidária, Ciro declarou-se “muito infeliz” no PDT e revelou ter recebido convites do PSDB – partido que ajudou a fundar – e da federação União Progressista (União Brasil + PP). Ele alega que a direção nacional do PDT retirou-lhe o controle da sigla no Ceará. “Se eu quiser ser candidato no Ceará, não tenho partido. O meu partido foi vendido para o PT”, criticou.

Elogios a Caiado com ressalvas

Durante o evento, Ciro fez menção positiva à gestão do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). “Ele tem decência pessoal e é bom administrador”, afirmou. Em seguida, ponderou que o goiano “sofre um pouco de ‘bolsonaro-dependência’”, relação que, na visão do pedetista, não seria necessária.

Ao comparar a segurança pública dos dois estados, o ex-ministro exaltou os indicadores goianos. “O que se diz fora do Brasil é que aqui em Goiás as coisas funcionam, ao contrário do meu estado”, declarou. Ele citou dados do Ministério Público do Ceará que apontariam 590 políticos locais envolvidos com facções criminosas.

A reportagem da Gazeta do Povo procurou Ciro Gomes, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria.

Com informações de Gazeta do Povo