O ministro do Turismo, Celso Sabino, entregou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (26), atendendo a um ultimato da direção do União Brasil. Apesar do pedido formal de saída, Sabino continuará no cargo nos próximos dias e tentará convencer a cúpula partidária a recuar da decisão.
Após se reunir com Lula no Palácio do Planalto, o ministro declarou em entrevista coletiva que está “cumprindo a decisão do partido” ao apresentar a renúncia, mas ressaltou que “acredita no diálogo” e seguirá conversando com lideranças do União Brasil para buscar um entendimento.
Segundo Sabino, o presidente pediu que ele permaneça no posto ao menos até a próxima quinta-feira (3), quando Lula estará em Belém (PA) para inaugurar obras ligadas à infraestrutura da COP30. “O presidente solicitou que eu o acompanhasse nessa missão. Irei a Belém como ministro”, afirmou.
A permanência temporária ocorre em meio a articulações para reduzir a tensão entre o Planalto e o União Brasil. Nos próximos dias, está prevista uma reunião entre Lula e o presidente da sigla, Antonio Rueda, mediada por líderes como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o presidente do PT, Edinho Silva.
A executiva nacional do União Brasil decidiu no dia 18 de setembro que seus filiados deveriam deixar cargos no governo federal até esta sexta-feira. A medida, apoiada pelo PP, prevê expulsão de mandatários que descumprirem o prazo. A pressão aumentou após reportagens que citaram suspeitas – negadas por Rueda – de ligação com aeronaves usadas pelo PCC.
Dirigentes da legenda, contudo, admitem que uma ruptura completa com o governo pode ser prejudicial, já que o partido ocupa postos estratégicos na administração federal e ainda faltam mais de dois anos para as eleições de 2026.
Agora, cabe ao presidente Lula decidir se aceita de imediato a renúncia de Celso Sabino ou aguarda o desfecho das negociações internas do União Brasil.
Com informações de Direita Online