Brasília – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao mandato neste domingo, 14 de dezembro de 2025. O pedido foi protocolado na Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados enquanto a parlamentar segue detida na Itália, onde aguarda julgamento de extradição para o Brasil.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com o trânsito em julgado, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Câmara declarasse a perda automática do mandato. Mesmo assim, o plenário votou o caso na madrugada de quinta-feira (11) e rejeitou a cassação por 217 votos a 170, com 10 abstenções.
No dia seguinte, Moraes anulou a decisão da Casa e decretou a perda do mandato. A Primeira Turma do STF confirmou a medida por unanimidade poucas horas depois.
Com a renúncia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou o suplente Adilson Barroso (PL-SP) para tomar posse.
Processo de extradição
Detida desde julho em território italiano, a ex-deputada aguarda audiência marcada para quinta-feira (18) sobre o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. A Justiça da Itália solicitou garantias sobre o sistema prisional do Brasil antes de decidir.
Em resposta, Moraes informou que, se extraditada, Zambelli cumprirá pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia, no Complexo da Papuda.
Reação do PL
Para o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), a renúncia foi “estratégica” diante do que chamou de “decisão vergonhosa” do STF. Segundo ele, a medida preserva direitos da ex-parlamentar e amplia suas possibilidades de defesa na Itália.
Com o mandato encerrado, o desenrolar do processo de extradição e o futuro político de Carla Zambelli permanecem indefinidos.
Com informações de Gazeta do Povo
