Home / Política / Câmara reage a decisão de Gilmar Mendes e aprova projeto que freia liminares individuais no STF

Câmara reage a decisão de Gilmar Mendes e aprova projeto que freia liminares individuais no STF

ocrente 1764849194
Spread the love

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (3), projeto de lei que impõe novas restrições a decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) capazes de suspender leis aprovadas pelo Congresso.

O texto foi aprovado em caráter terminativo na comissão; assim, caso não haja recurso, seguirá diretamente para o Senado. A votação ocorreu poucas horas depois de o ministro Gilmar Mendes determinar, por meio de liminar, mudanças nas regras de impeachment de integrantes da Corte.

Barreiras a partidos e revisão rápida de liminares

Pela proposta aprovada, apenas partidos que tenham atingido a cláusula de barreira poderão ajuizar ações de controle de constitucionalidade. Siglas menores, que frequentemente recorriam ao STF para contestar pautas do Legislativo, ficarão impedidas de agir sozinhas — salvo se estiverem vinculadas a uma federação partidária.

O texto também determina que qualquer liminar concedida individualmente por ministro do Supremo seja submetida de imediato ao plenário do tribunal, que deverá confirmar ou revogar a decisão.

Relator da matéria, o deputado Alex Manente (Cidadania-SP) afirmou que a medida busca “reforçar a atuação colegiada” do STF e evitar que “um único magistrado paralise políticas públicas aprovadas democraticamente”.

Reação após mudança nas regras de impeachment

A investida da Câmara ocorreu no mesmo dia em que Gilmar Mendes, atendendo a ação proposta pelo Solidariedade e pela Associação dos Magistrados Brasileiros, fixou novo quórum para processos de impeachment de ministros do STF: serão necessários votos de dois terços dos senadores, em lugar da maioria simples prevista até então.

A decisão do ministro também retirou dos cidadãos o direito de protocolar pedidos de impeachment contra integrantes da Corte, atribuindo essa prerrogativa exclusivamente ao procurador-geral da República.

No Congresso, parlamentares interpretaram a coincidência das iniciativas como mais um capítulo da disputa institucional entre Legislativo e Judiciário. A fase seguinte da tramitação, no Senado, deve reacender o debate sobre os limites de atuação de cada Poder.

Com informações de Direita Online