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Boulos diz que prisão de Bolsonaro é consequência de seus atos: “colhe o que plantou”

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, afirmou nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “está pagando pelo que fez” ao comentar a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “As pessoas colhem o que plantam”, declarou.

A fala ocorreu no programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo CanalGov. Convidado para detalhar os planos de sua pasta, Boulos foi questionado logo no início sobre a detenção do ex-chefe do Executivo. “Bolsonaro já cometeu tantos absurdos neste país que soldar uma tornozeleira foi apenas mais um. Tivemos um presidente que mantinha cercadinho, atacava jornalistas, mulheres e vacinas. Se alguém ainda duvidava da legitimidade da prisão, depois desse episódio não há mais motivo”, argumentou.

Motivo da prisão

A prisão preventiva de Bolsonaro foi autorizada após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em apoio ao pai e depois que o ex-presidente danificou a tornozeleira eletrônica utilizando um ferro de solda. Durante vistoria, Bolsonaro alegou ter agido “por curiosidade” e, na audiência de custódia, disse sofrer alucinações provocadas por medicamentos.

O caso não está relacionado à Ação Penal 2668, que trata do suposto golpe de Estado, mas a um inquérito sobre possível coação no curso do processo. A investigação aponta que Bolsonaro teria contribuído para articulações destinadas a estimular sanções estrangeiras sugeridas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Reação da oposição

Parlamentares da oposição articulam a votação de um projeto de anistia no Congresso. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), informou que o partido pretende protocolar denúncias em todas as embaixadas instaladas em Brasília, alegando que a detenção configura perseguição religiosa.

Flávio Bolsonaro declarou que o pai está “inconformado” com a prisão e questiona a suposta proibição de receber refeições levadas por familiares na carceragem da Polícia Federal.

Com informações de Gazeta do Povo