O ex-presidente Jair Bolsonaro foi transferido na manhã desta quarta-feira, 24 de dezembro de 2025, da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília para o hospital DF Star, onde realizará exames pré-operatórios.
Bolsonaro passará por uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral marcada para quinta-feira (25). Esta foi a primeira saída do ex-mandatário da custódia policial desde sua prisão, em 22 de novembro.
O deslocamento ocorreu por volta das 9h30, sob escolta discreta, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante toda a internação, antes e depois do procedimento, o ex-presidente permanecerá sob guarda da PF, com agentes posicionados na porta do quarto e em pontos internos e externos do hospital.
Por ordem judicial, está proibido o uso de celulares ou outros aparelhos eletrônicos no quarto, exceto equipamentos médicos. A fiscalização caberá à Polícia Federal.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu autorização para acompanhar a internação e a cirurgia. A solicitação para que os filhos do ex-presidente também estivessem presentes foi negada por Moraes.
Condição de saúde
Laudo pericial apontou a necessidade de realizar a cirurgia o mais breve possível, embora o procedimento seja considerado eletivo. Além da correção das hérnias, os médicos buscarão tratar um quadro de soluços persistentes, que, segundo relatório da PF, chegam a até 40 episódios por minuto.
Em nota divulgada no domingo (21), os médicos Cláudio Birolini (cirurgião-geral) e Leandro Echenique (cardiologista) relataram projeção de parte do intestino pela parede abdominal durante a manobra de Valsalva, indicando a necessidade de uma herniorrafia inguinal bilateral. O comunicado também menciona a possibilidade de bloqueio anestésico do nervo frênico para tentar controlar os soluços.
A expectativa é de que Bolsonaro permaneça internado por aproximadamente uma semana após a cirurgia.
Situação judicial
Preso desde 22 de novembro, o ex-presidente cumpre pena de 27 anos e três meses imposta pelo STF por supostos crimes contra o Estado. A autorização para a cirurgia foi concedida por Alexandre de Moraes na sexta-feira (19), com as datas definidas posteriormente pela defesa.
Com informações de Gazeta do Povo