O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chega, nesta sexta-feira, 28 de novembro de 2025, ao sétimo dia de prisão na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele foi detido no sábado anterior, 22, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No despacho que determinou a captura, Moraes apontou dois episódios: a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) diante da PF e a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Inicialmente, a ordem foi classificada como prisão preventiva, sob alegação de risco de fuga. Porém, na terça-feira, 25, o magistrado converteu a medida em cumprimento definitivo de pena, fixada em 27 anos e três meses por suposta liderança de um plano de golpe de Estado.
Pendências judiciais
Na ação penal nº 2668 (núcleo 1), permanece aberta a análise de um incidente envolvendo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele foi flagrado usando um celular próximo ao preso, o que levou Moraes a conceder 24 horas para explicações. A defesa já respondeu, alegando que Bolsonaro não manteve contato visual com o aparelho. O ministro ainda decide se aceita o esclarecimento.
Possível progressão de regime
Segundo a equipe jurídica do ex-presidente, há previsão de pedir progressão ao regime semiaberto após seis anos e dez meses de cumprimento. O tempo pode ser reduzido por meio de trabalho, estudo e leitura. Os advogados também insistem na conversão do regime fechado em domiciliar, citando problemas de saúde. Na quinta-feira, 27, Bolsonaro precisou de atendimento médico depois de uma crise de soluço.
Pedido de comunicação externa
Um habeas corpus distribuído ao ministro Dias Toffoli requer que Bolsonaro possa se comunicar com o exterior, o que incluiria a divulgação de cartas, a concessão de entrevistas e a gestão de redes sociais pela família. Caso o pleito seja acolhido, recursos relacionados seguirão para a Segunda Turma do STF, em vez da Primeira, onde Moraes integra o colegiado ao lado de três ministros indicados pelo presidente Lula (PT) e de uma cadeira ainda vaga.
Com informações de Gazeta do Povo