O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou que analisa a possibilidade de deixar a Corte antes de completar 75 anos, idade da aposentadoria compulsória. A declaração ocorreu na segunda-feira (6), durante evento do Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça (Consepre), em Salvador.
Barroso encerrou seu mandato na presidência do STF na semana passada, sendo sucedido por Edson Fachin. Desde então, tem feito afirmações públicas indicando que pode antecipar a saída do tribunal. “A vida é feita de ciclos e devemos saber a hora de entrar e a hora de sair. Estou avaliando o momento adequado”, disse o ministro a jornalistas.
Em outro ponto da conversa, Barroso lembrou que começou sua trajetória no Supremo na Bahia em 2023 — quando foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) — e afirmou sentir que “de certa forma” também conclui sua carreira no estado. “Pode ser mais cedo ou mais tarde”, acrescentou, sem fixar data.
Na semana anterior, ao entregar o comando do STF, o magistrado declarara ter “compromisso com o Brasil” e que considerava permanecer até os 75 anos, mas reconheceu avaliar “todas as possibilidades, inclusive a de ficar”.
Barroso explicou que, enquanto sua esposa era viva, planejava sair logo após a presidência para viajar com ela. “Essa motivação já não tenho”, observou. O ministro vem sendo alvo de críticas por aparições em eventos públicos e privados durante sua gestão e por declarações políticas, como a feita em 2023, quando afirmou ter “lutado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro” e “derrotado o bolsonarismo” em fala na União Nacional dos Estudantes (UNE).
Por ora, Barroso não definiu data nem destino após eventual aposentadoria antecipada, indicando apenas que “está avaliando da melhor maneira possível”.
Com informações de Gazeta do Povo
