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Manifestações de direita tomam ruas do país no 7 de Setembro e pedem anistia a presos de 8 de janeiro

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Milhares de pessoas participaram, neste domingo (7), de manifestações organizadas por grupos de direita em quase 100 cidades brasileiras e em localidades no exterior. Sob o lema “Reaja, Brasil”, os protestos ocorreram ao longo de todo o feriado da Independência e tiveram como principais pautas a anistia aos detidos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Brasília

Na capital federal, os manifestantes se concentraram no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte) a partir das 9h. Entre as autoridades presentes estavam os senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Izalci Lucas (PL-DF) e Jaime Bagattoli (PL-RO); os deputados federais Alberto Fraga (PL-DF), Bia Kicis (PL-DF) e Zé Trovão (PL-SC); além do ex-desembargador Sebastião Coelho (Novo-DF). No local, Fraga previu que o projeto de anistia seja votado pelo Congresso Nacional dentro de 20 dias.

O deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) afirmou esperar “dezenas de milhares de pessoas” e classificou o atual governo como “autoritário e ilegítimo”. Ao mesmo tempo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhava o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios.

Mensagem de Michelle Bolsonaro

Durante os atos, foi reproduzido um áudio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que chamou de “autoridades perversas” os responsáveis pelas prisões relacionadas ao 8 de janeiro. Ela citou os casos de Débora Rodrigues, detida por escrever “perdeu, mané” na estátua da Justiça, e do empresário Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, morto no presídio da Papuda. Michelle comparou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF aos “processos de Moscou”, realizados na União Soviética entre 1936 e 1938.

São Paulo

Na Avenida Paulista, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) cobrou do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a inclusão da anistia na pauta de votações. Tarcísio afirmou que Bolsonaro está sendo julgado por “um crime que não existiu” e disse que a delação de Mauro Cid ocorreu sob coação. O governador criticou o que chamou de “tirania” do ministro Alexandre de Moraes.

Rio de Janeiro

Na praia de Copacabana, entre os postos 4 e 5, o governador Cláudio Castro (PL) destacou “democracia, soberania e liberdade” como os pilares da manifestação. Ao lado dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que o STF “entregará a cabeça de Alexandre de Moraes na bandeja” e defendeu anistia “geral, ampla e irrestrita” para todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo seu pai.

Goiânia

Na capital goiana, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) mencionou a possibilidade de sanções internacionais contra Moraes e listou fatos recentes que, segundo ele, indicariam avanço das pautas da direita. Gayer reforçou a defesa de anistia “total, ampla e irrestrita”.

Outras capitais

Concentrações também ocorreram em Curitiba (Praça Nossa Senhora de Salete), Belo Horizonte (Praça da Liberdade) e Salvador (Farol da Barra), além de cidades de menor porte. Em Salvador, o ato foi organizado pelo deputado federal Capitão Alden (PL-BA).

Mobilização nas redes

O pastor Silas Malafaia usou suas redes sociais para convocar a população aos protestos, classificando o movimento como um ato em favor da liberdade e contra “perseguição política”. O senador Flávio Bolsonaro também divulgou mensagem chamando a manifestação de “grito de liberdade”.

Os protestos de 2025 acontecem em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro no STF, às denúncias do ex-assessor Eduardo Tagliaferro contra Moraes, à CPMI do INSS e à tentativa da oposição de aprovar a anistia no Congresso.

As mobilizações foram registradas de manhã até o fim do dia, com discursos em trios elétricos, bonecos caricatos de autoridades e faixas pedindo liberdade para os presos do 8 de janeiro.

Com informações de Gazeta do Povo