O jornalista Eduardo Oinegue, apresentador do Jornal da Band, levantou dúvidas sobre a conduta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes diante de um contrato firmado entre o Banco Master e a esposa do magistrado.
Durante o telejornal, Oinegue citou que o acordo prevê pagamentos que somam R$ 9 milhões, divididos em parcelas mensais de R$ 600 mil. Ao comentar o caso, o âncora questionou se a reação do ministro seria diferente se o vínculo financeiro envolvesse cônjuges de outras autoridades da República.
“Qual seria a reação do ministro Alexandre de Moraes se a mulher do presidente da República, do presidente do Senado ou do presidente da Câmara assinasse um contrato nesses valores com o Banco Master?”, perguntou Oinegue.
Encontro no Banco Central
O jornalista também mencionou informação de que Moraes teria se reunido com o presidente do Banco Central meses antes da liquidação do Banco Master. Para ele, o episódio exige tratamento isonômico em relação a casos que costumam resultar em medidas duras do STF.
“E se depois saísse a notícia de que o marido poderoso procurou o presidente do Banco Central meses antes da liquidação do Master, será que o ministro mandaria investigar com o rigor que fez sua fama?”, acrescentou.
Histórico de decisões rigorosas
Oinegue lembrou medidas frequentemente aplicadas por Moraes em outros processos, como retenção de passaporte e uso de tornozeleira eletrônica, e questionou se o magistrado adotaria o mesmo critério quando o assunto envolve pessoas próximas.
De acordo com o âncora, o padrão de firmeza visto em decisões anteriores contrasta com a postura atual. “Ou adotaria um novo comportamento, o comportamento passivo que adotou agora?”, concluiu o apresentador.
Com informações de Direita Online