O deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) foi desligado do Partido Liberal após sair em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, alvo de sanções dos Estados Unidos pela Lei Magnitsky, e criticar o presidente norte-americano Donald Trump. As declarações foram feitas ao portal Metrópoles e divulgadas nesta quinta-feira (31).
Rodrigues afirmou que considera Moraes “um dos maiores juristas do país” e classificou como “absurda” a punição imposta por Washington. Sobre Trump, disse que o mandatário “tem que cuidar dos Estados Unidos” e não deve “se meter com o Brasil como está se metendo”, referência também ao pacote de tarifas norte-americanas.
Decisão do partido
Logo após a entrevista vir a público, a direção do PL anunciou a expulsão do parlamentar. Em nota, a legenda alegou forte pressão de sua bancada e qualificou as críticas a Trump como “ignorância sem tamanho”. O comunicado defendeu “diplomacia e diálogo” e afirmou que “chega de arrumar confusão”.
Relação com Moraes
Segundo o deputado, a amizade com o ministro do STF é antiga. Ele disse que enviaria uma mensagem de solidariedade a Moraes em razão das sanções decretadas pelo governo dos Estados Unidos.
Conflitos anteriores
Antonio Carlos Rodrigues já vinha tendo atritos com a sigla. Em abril deste ano, foi o único integrante do PL que não assinou inicialmente o pedido de urgência para o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, criticou os “novos integrantes” do partido e lembrou ter participado da fundação da legenda, citando o ex-vice-presidente José Alencar, que também foi filiado ao PL.

Imagem: Rosinei Coutinho via gazetadopovo.com.br
O posicionamento motivou reação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, em mensagem na rede social X, afirmou que Rodrigues não estaria na Câmara sem o apoio da ala recém-chegada ao partido e cobrou voto favorável à anistia.
Com a expulsão oficializada, Antonio Carlos Rodrigues deixa a bancada liberal e passa a exercer o mandato sem filiação partidária até definir novo destino político.
Com informações de Gazeta do Povo