O retorno das atividades legislativas, previsto para a tarde desta terça-feira (5), foi interrompido depois que o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), anunciou a obstrução total de votações e discussões nas duas casas do Congresso Nacional.
A medida foi divulgada logo após uma coletiva em que parlamentares da oposição criticaram a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada na véspera pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ocupação das mesas diretoras
Para efetivar o bloqueio, deputados e senadores contrários ao governo ocuparam as mesas diretoras da Câmara e do Senado, impedindo o início da primeira sessão pós-recesso. Enquanto oposicionistas tentavam barrar os trabalhos, parlamentares governistas responderam com palavras de ordem como “sem anistia”.
Declaração de “guerra”
Durante o anúncio da obstrução, Cavalcante afirmou que a oposição está em “guerra” contra o governo e cobrou dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a inclusão imediata na pauta do projeto de lei que concede anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e do pedido de impeachment de Moraes.
“Estamos ocupando as duas mesas diretoras e não sairemos até que os presidentes das duas casas se reúnam para resolver um problema de soberania nacional”, declarou o líder do PL.

Imagem: Guilherme Grandi via gazetadopovo.com.br
Críticas ao STF
Mais cedo, em coletiva, Cavalcante acusou Moraes de retirar prerrogativas do Parlamento. “O Congresso foi emudecido”, afirmou o deputado, reforçando que a oposição não participará de votações enquanto a prisão de Bolsonaro não for revista.
A agenda legislativa permanece suspensa até que haja acordo para retomada das sessões.
Com informações de Gazeta do Povo