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Terremoto de magnitude 6 no Afeganistão deixa mais de 1,4 mil mortos e 3 mil feridos

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O Afeganistão contabiliza pelo menos 1.400 mortos e mais de 3.000 feridos após o terremoto de magnitude 6 que sacudiu a região leste do país no domingo (31). O balanço atualizado nesta terça-feira (2) foi divulgado pelo porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, que alertou para a possibilidade de novos aumentos no número de vítimas à medida que equipes de resgate alcançam áreas isoladas.

O tremor destruiu aldeias inteiras formadas por casas de barro e madeira, estruturas que desabaram enquanto muitas famílias dormiam. O terreno montanhoso dificulta o acesso, e helicópteros têm sido usados para remover feridos e levar auxílio a pontos remotos. A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu que o total de mortos pode subir rapidamente conforme novas regiões são mapeadas.

Cenário de múltiplas crises

A tragédia ocorre em meio a cortes na ajuda internacional, crise econômica prolongada e severas restrições de direitos impostas pelo Talibã. Segundo o coordenador da ONU no Afeganistão, Indrika Ratwatte, a mobilização internacional é urgente: “São decisões de vida ou morte enquanto corremos contra o tempo para chegar às pessoas”, declarou.

Dados da ONU apontam que mais de 420 unidades de saúde foram fechadas ou tiveram atividades suspensas por falta de recursos, incluindo 80 apenas na região leste, epicentro do terremoto. Os poucos hospitais em funcionamento operam com escassez de suprimentos e profissionais.

Resposta humanitária

A organização britânica Christian Aid anunciou liberação imediata de £50 mil (cerca de R$ 300 mil) para apoiar ações emergenciais por meio da Organização para Coordenação de Assistência Humanitária (OCHR). A entidade iniciou ainda uma campanha global de arrecadação para ampliar o socorro às vítimas.

De acordo com Yaqoob Rauf, gerente interino da Christian Aid no Afeganistão, os recursos estão sendo utilizados para fornecer água potável, alimentos, abrigo e itens de primeira necessidade. Ele destacou que mulheres e meninas figuram entre os grupos mais vulneráveis neste momento. “Este é um golpe devastador, que se soma à crise econômica persistente e ao terremoto de Herat em 2023”, afirmou.

O Talibã, reconhecido oficialmente apenas pela Rússia, pediu ajuda internacional. Contudo, a resposta tem sido limitada, em parte, pela existência de outras emergências humanitárias no mundo e pela resistência de países doadores às políticas de repressão contra mulheres e meninas. Recentemente, os Estados Unidos reduziram o financiamento ao país, agravando a situação.

Organizações missionárias e agências humanitárias reforçam que a solidariedade global será fundamental para evitar uma catástrofe ainda maior. A Christian Aid disponibilizou uma página especial para doações e solicitações de orações em apoio às vítimas.

Com informações de Folha Gospel