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Teólogo pede anistia para detidos em 8 de janeiro e questiona acusações de golpe

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Em artigo publicado nesta sexta-feira, 12 de setembro de 2025, o teólogo e jornalista Pedro Augusto defendeu a concessão de anistia aos manifestantes presos após os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF). O autor afirma que “milhares de pessoas foram presas” e que muitas delas, inclusive cristãos, estariam sendo punidas de forma desproporcional.

Segundo Augusto, o protesto que terminou em depredação de prédios públicos não configurou tentativa de golpe de Estado. Ele argumenta que um golpe exige “armas, liderança organizada e apoio militar”, elementos que, na visão dele, não estavam presentes. O artigo lembra que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia transmitido o cargo de forma pacífica.

O jornalista aponta que, após os danos ao patrimônio, houve “criminalização em massa”. Pessoas teriam sido detidas apenas por estarem próximas a quartéis ou por chegarem à capital federal após os incidentes. Para ele, cidadãos sem foro privilegiado foram julgados por instâncias inadequadas, contrariando o princípio de que cada réu deve responder individualmente pelos próprios atos.

O texto relata supostas irregularidades processuais, como falta de provas concretas, ausência de audiências de custódia e restrições ao acesso de advogados. Augusto destaca que as acusações de terrorismo e golpe teriam sido aplicadas de maneira abrangente, sem individualização de condutas, o que, segundo o autor, viola o devido processo legal.

Dois casos são citados como exemplo da gravidade da situação: Cleriston Pereira da Cunha, que chegou preso em cadeira de rodas e morreu sob custódia após demora no atendimento médico, e Jessé Leite, 67 anos, cujo tratamento contra o câncer teria sido prejudicado pela falta de antibióticos adequados na prisão.

Pedro Augusto compara ainda as punições aplicadas aos detidos de 8 de janeiro com benefícios concedidos a condenados por crimes mais graves, argumentando que há “peso desproporcional” sobre os réus dos protestos. Ele reforça que a anistia seria um “clamor por justiça, humanidade e reconciliação nacional”, sem defender a impunidade para quem participou de atos de vandalismo.

O artigo conclui pedindo que os responsáveis pelos danos sejam responsabilizados “na medida certa”, mas que cesse o que o autor chama de “perseguição e injustiça” contra centenas de brasileiros que, segundo ele, sofrem além do permitido pela lei.

Com informações de Pleno.News