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Redes sociais elevam ansiedade e distorcem autoestima de adolescentes, aponta psicóloga

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São Paulo, 2 out. 2025 – A exposição intensa às redes sociais está associada a impactos diretos na autoestima e na saúde mental de adolescentes, segundo alerta da psicóloga e psicanalista Marisa Lobo. Em artigo publicado nesta quinta-feira (2), a especialista descreve como curtidas, seguidores e comentários funcionam como “moedas de valor social” que estimulam o sistema de recompensa do cérebro e podem levar à dependência de validação externa.

Busca por aprovação digital

De acordo com Lobo, cada notificação positiva dispara liberações de dopamina, gerando prazer momentâneo. A repetição desse estímulo fragiliza a percepção de valor próprio, fazendo com que muitos jovens relacionem sua importância pessoal a métricas virtuais, e não a conquistas reais.

Pressão estética e comparação com celebridades

O cérebro em desenvolvimento é altamente suscetível a referências externas. A psicóloga destaca que a comparação constante com influenciadores e celebridades – muitas vezes beneficiados por filtros, edições e procedimentos estéticos – estabelece padrões de beleza quase inatingíveis. Esse cenário, afirma, contribui para quadros de ansiedade, baixa autoestima e transtornos alimentares.

Problemas comuns identificados

Estudos citados no texto relacionam o uso excessivo de plataformas digitais a:

  • Ansiedade social, marcada pelo medo de rejeição ou exclusão (FOMO – Fear of Missing Out);
  • Depressão, frequentemente ligada à comparação social negativa;
  • Distorção da autoimagem, influenciada por padrões irreais de beleza;
  • Dificuldade de foco e de regulação emocional, em razão do excesso de estímulos;
  • Dependência tecnológica, com características semelhantes a vícios comportamentais.

Padrões de beleza e consequências

Segundo o artigo, quando adolescentes não se reconhecem nos padrões impostos por influenciadores, surgem sentimentos de inadequação e vergonha corporal. O resultado pode ser a adoção de dietas restritivas, compulsões alimentares ou a busca precoce por cirurgias estéticas.

A psicóloga conclui que o uso equilibrado das redes requer acompanhamento de pais, educadores e profissionais de saúde mental, a fim de fortalecer valores internos, senso crítico e identidade pessoal.

Com informações de Pleno.News