Estimativas da organização Portas Abertas apontam que cerca de 400 mil norte-coreanos seguem o cristianismo às escondidas. Sem igrejas, sem possibilidade de reunião pública e sob risco de prisão, agressão ou execução por portar uma Bíblia, esses fiéis encontraram nas transmissões clandestinas de rádio um canal para continuar o discipulado.
Ondas de rádio ultrapassam a vigilância estatal
Os programas, enviados de países vizinhos, oferecem leituras bíblicas, louvores, sermões, testemunhos e treinamento. O governo tenta bloquear o sinal e reforça a vigilância, mas os aparelhos ainda entram no território norte-coreano, permitindo o acesso às mensagens.
“O regime pode monitorar quase tudo, mas não consegue deter as ondas de rádio na fronteira”, afirma Simon Lee (pseudônimo), coordenador do ministério da Portas Abertas voltado à Coreia do Norte. Segundo ele, o rádio é a principal ligação dos cristãos locais com a comunidade de fé fora do país.
Mensagens de gratidão
O impacto das transmissões é relatado pelos próprios ouvintes. Um deles declarou: “Somos muito gratos por suas transmissões. Esperamos que Deus sopre nova vida neste vale de ossos secos”. Outro cristão acrescentou: “Vocês nos permitem ouvir a voz de Deus. Temos sede do Espírito Santo, e vocês saciam a nossa sede”.
Há também quem veja futuro de expansão da fé: “Desejo que, por meio das transmissões, o Reino de Deus se estenda por toda a península coreana, produzindo frutos abundantes no ministério. Compartilharemos o que aprendemos com amigos e familiares, mesmo que não sejam cristãos”.
Apoio nas festas de fim de ano
Com a aproximação do Natal, a Portas Abertas reforça a campanha de doações para manter os programas de discipulado e fortalecer os cristãos que vivem sob perseguição extrema no país.
Com informações de Folha Gospel