Home / Notícias / Professor que chamou Reino Unido de “estado cristão” é readmitido após contestar proibição

Professor que chamou Reino Unido de “estado cristão” é readmitido após contestar proibição

ocrente 1765543774
Spread the love

Um professor do ensino fundamental em Londres voltou a ter autorização para trabalhar com crianças depois de reverter, na Justiça, uma proibição imposta pela direção da escola onde lecionava. Ele havia sido demitido em fevereiro, após afirmar a um aluno muçulmano que o Reino Unido “ainda é um país cristão”.

O caso começou em março de 2024, quando o docente — que preferiu não divulgar o nome — repreendeu estudantes que lavavam os pés nas pias do banheiro masculino para realizar ablução antes das orações. Segundo o professor, a prática havia sido vetada pela escola porque um espaço específico de oração já estava disponível.

Durante a advertência, o educador mencionou que o rei Carlos III é chefe da Igreja da Inglaterra e que o islã constitui uma religião minoritária no país. Três alunos reclamaram, dizendo que ele teria levantado a voz e os deixado “chateados”.

Após as queixas, a escola suspendeu o professor e comunicou o caso à Polícia Metropolitana e ao conselho local de proteção à infância. A polícia abriu investigação por possível crime de ódio, mas arquivou o processo por falta de evidências.

Mesmo com o arquivamento, uma responsável pelo bem-estar infantil concluiu que o professor fizera comentários “ofensivos” sobre o islã e recomendou que ele fosse impedido de atuar com menores de idade. Com base nesse parecer, a escola efetivou a demissão.

Representado por advogados da Free Speech Union (FSU), o educador recorreu. O tribunal considerou que não havia fundamento para mantê-lo afastado e anulou a proibição. Agora, o professor move ação contra a autoridade local em busca de reparação.

O diretor da FSU, Lord Toby Young, declarou ao jornal The Telegraph: “Chegamos a um ponto crítico se um professor vira ameaça à segurança de crianças por dizer algo inegavelmente verdadeiro”.

Com informações de Folha Gospel