Southlake (Texas), 02.out.2025 – O pastor Robert Morris, fundador da Gateway Church, foi condenado a seis meses de prisão e a uma pena suspensa de 10 anos depois de admitir ter abusado sexualmente de Cindy Clemishire, hoje com 55 anos, quando ela tinha 12 anos, na década de 1980.
A decisão foi proferida nesta quinta-feira durante audiência no Tribunal do Condado de Osage, Oklahoma. Morris se declarou culpado de cinco acusações de “atos obscenos ou indecentes com uma criança”, relativas a abusos iniciados em 25 de dezembro de 1982 e que teriam se estendido por quatro anos e meio.
De acordo com o advogado Bill Mateja, o líder religioso “assumiu a responsabilidade” tanto diante da Justiça quanto perante a vítima. “Ele esperava que a confissão de culpa e a pena aplicadas oferecessem encerramento para a Sra. Clemishire e sua família”, afirmou.
Além da pena de detenção, o pastor deverá pagar US$ 270.000 em restituição e se registrar como agressor sexual.
Repercussão na igreja e processo civil
Morris fundou a Gateway Church em 2000, na cidade de Southlake. Em novembro do ano passado, a congregação removeu vários anciãos após investigação interna que apontou que a maioria deles tinha conhecimento prévio do caso, mas não tomou providências.
Em ação civil movida no início deste ano, Cindy Clemishire e seu pai, Jerry Lee Clemishire, pedem indenização superior a US$ 1 milhão. Eles alegam que o pastor e líderes da igreja trataram o abuso como “relacionamento consensual” em vez de agressão sexual contra criança.
Pronunciamento da vítima
Durante a audiência, Clemishire reiterou que não havia possibilidade de consentimento. “Não existe consentimento de uma criança de 12 anos. Você cometeu um crime contra mim”, declarou, conforme registro da NBC News.
O caso encerra um processo criminal iniciado em março, quando um grande júri multicondado de Oklahoma indiciou Morris pelas cinco acusações.
Com informações de Folha Gospel