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Pastor brasileiro anuncia saída voluntária dos EUA para evitar situação ilegal

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Gordon, Texas (EUA) – O pastor brasileiro Albert Oliveira comunicou que deixará os Estados Unidos em 9 de novembro, data em que expira seu visto religioso R-1. Ao lado da esposa e do filho, o líder da First Baptist Church (FBC) Gordon prefere sair do país “dentro da lei” a permanecer em condição irregular.

Oliveira vive nos EUA desde 2011, quando ingressou com visto de estudante F-1 para cursar missões interculturais e psicologia. Depois, concluiu mestrado em missiologia no Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth. Em 2020, assumiu o pastorado da FBC Gordon, localizada a cerca de 110 quilômetros a oeste de Fort Worth.

Decisão por “consciência”

“Chegamos dentro da lei, permanecemos dentro da lei e partiremos dentro da lei”, afirmou o pastor ao site The Christian Post. Segundo ele, a saída voluntária é uma questão de consciência tanto quanto de legalidade.

O visto R-1 de Oliveira, válido por cinco anos, e o R-2 da esposa vencem em novembro. Ele solicitou um visto EB-4, que pode levar ao green card, mas o aumento de pedidos sobrecarregou o sistema, reduzindo as chances de aprovação antes do prazo final.

Planos após a partida

A família pretende passar os seis primeiros meses no Brasil e, depois, seguir para a Alemanha. Durante o período no exterior, Oliveira planeja continuar pastoreando a igreja texana por transmissões ao vivo, reuniões on-line e demais atividades virtuais.

Números da autodeportação

Dados do Departamento de Segurança Interna apontam que, desde o início do governo Donald Trump, cerca de 2 milhões de imigrantes em situação irregular deixaram os EUA: 1,6 milhão de forma voluntária e 400 mil por remoção direta.

Estudo divulgado em abril pela organização World Relief indica que 80% dos até 10 milhões de imigrantes sujeitos a deportação são cristãos.

Apesar do crescimento da FBC Gordon – que estuda ampliar o santuário após quase ter fechado as portas por falta de fiéis – a “aventura”, como define o pastor, será interrompida até que novas autorizações lhe permitam retornar aos Estados Unidos.

Com informações de Folha Gospel