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Pandemia de sedentarismo: especialista relaciona “fique em casa” a salto na obesidade e problemas mentais

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Em artigo publicado nesta quarta-feira (1º), a doutora em Ciências da Saúde Paola Machado afirma que a orientação de “ficar em casa”, adotada em 2020 para conter a Covid-19, desencadeou um cenário de sedentarismo que hoje se reflete em índices recordes de obesidade e colapso na saúde mental.

Segundo a especialista, academias foram fechadas durante o período mais crítico da pandemia, enquanto a inatividade física era normalizada. Cinco anos depois, o Brasil enfrenta aumento expressivo de peso corporal, avanço de doenças crônicas e maior procura por atendimento psiquiátrico.

Dados globais preocupam

Paola Machado cita projeção feita pela revista científica The Lancet em 2020, que estimava 800 milhões de pessoas com obesidade no mundo até 2025. De acordo com a autora, esse número foi ultrapassado em 2024, alcançando 1 bilhão de indivíduos com a condição.

A fisiologista destaca ainda que a obesidade infantil superou a desnutrição e se tornou a principal ameaça nutricional global. Para ela, o confinamento prolongado, aliado ao estresse e à falta de estímulo físico, acelerou uma tendência que já era considerada alarmante antes da pandemia.

Impacto sobre adolescentes

O texto aponta que os adolescentes foram o grupo mais afetado. Em vez de vivenciar atividades sociais e esportivas, grande parte dessa faixa etária permaneceu diante de telas, o que teria prejudicado o desenvolvimento físico e emocional.

Atividade física e imunidade

A autora relembra que estudos divulgados no início da crise sanitária indicavam benefícios do exercício regular para a imunidade. Mesmo assim, a adoção de medidas restritivas teria suprimido práticas esportivas, enquanto se priorizavam abordagens políticas, farmacêuticas e financeiras.

Paola Machado questiona se os governos aprenderam com a situação ou se continuarão “colocando panos quentes” em futuras emergências de saúde pública.

Com informações de Pleno.News